St. Gallen Irish Red Ale 7,7

A St. Gallen é uma cervejaria de Teresópolis que produz cervejas puro malte com a marca St. Gallen e também produz as cervejas da linha Therezópolis. Quem quiser saber mais desta história, clique aqui.

Eu gosto das duas linhas, então vou avaliar aqui a St. Gallen Irish Red Ale.

St. Gallen Red Irish Ale

Irish Red Ale é um estilo de cerveja britânico, muito encontrado nos pubs de lá e é um estilo bastante "bebível" no sentido de ter pouco aroma de lúpulo e pouco amargor. Sua cor é avermelhada, como o nome sugere e logicamente é uma Ale.

Esta Irish Red da St. Gallen tem um gosto leve de malte torrado bem agradável e, como o estilo indica, muito pouco aroma de lúpulo.

A cor está bem dentro do estilo, o que não é possível ver direito pela foto. Aliás, tenho que melhorar as fotos do blog. A espuma que se forma é consistente com uma cor bege.

Esta cerva apresenta um corpo médio, bem equilibrado e com um final levemente amargo e seco. Nota 7,7.

Como eu já tinha falado, gosto muito das cervejas desta cervejaria, a nova linha da Therezópolis está bem interessante também, vale a pena conferir.

Matilda Weiss - 8,0

Essa Weiss é da Cervejaria Mistura Clássica de Volta Redonda - RJ. Eu confesso que não conheço as cervejas da Mistura Clássica, mas esta Weiss me surpreendeu... e me surpreendeu positivamente.

Matilda Weissno copo da St. Gallen

Geralmente de uma Weiss a gente espera uma cerveja mais leve e com pouco amargor e essa tem um corpo bem presente com um amargor no final que acho que não é muito do estilo. Enfim, sendo ou não no estilo, sendo ou não intencional, eu gostei bastante.

Provei numa taça típica de Weiss (da St. Gallen, outra Weiss excelente), com o ritual característico de misturar o restinho no final da garrafa e esse restinho deixou essa coloração bem opaca na cerveja que dá pra ver na foto ainda se misturando ao resto da cerveja que estava bem mais clara. O aroma é bem pronunciado, aroma forte de malte, talvez (e de novo) fora do padrão do estilo. Ela não é muito carbonatada, formando um espuma que logo se esvai.

Eu gostei muito do corpo e do aroma e no copo ela fica muito bonita. Nota 8,0 com louvor.

Germânia 55 - 4,5

A Cervejaria Germânia não é nova, mas iniciou produzindo apenas chope. Hoje produz, entre outros, a cerveja Germânia 55 Pilsen, uma cerveja que na verdade é uma American Larger. Esta Germânia tem um marketing que eu considero bem eficiente, pois ela tenta se enquadrar num estilo de cerveja artesanal (inclusive na lata é contada uma historinha de um cervejeiro chamado Der Alchimist da Idade Média que criou a receita 55), mas na verdade é mais uma cerveja comercial de baixo custo.

E o custo dela vale a pena. Acondicionada numa lata de 710 ml, seu preço está em média quatro reais enquanto as concorrentes (sim, as concorrentes dela são as comercias de larga escala tipo Antartica e Skol) estão na faixa de R$ 1,50 a R$ 2,00 a lata de 350 ml. Ou seja, pra uma cerveja que faz o marketing de "artesanal" tendo esse preço de "comercial", realmente vale a pena.

Germânia 55

Mas como cerveja mesmo, ela é apenas um pouco melhor que as concorrentes.. não muito melhor, mas um pouquinho melhor, o que não é grande coisa. Tecnicamente falando, tem quase nada de corpo, não dá pra sentir quase nenhum lúpulo e como todas as concorrentes a gente sente aquela presença de cereais não maltados. A espuma é abundante mas não muito espessa, mas se mantem por um bom tempo, o que é outra vantagem em relação as concorrentes que rapidamente ficam iguais a guaraná no copo.

Na prática, se você é convidado pra um churrascão na casa do cunhado e lá só tem pra beber Skol, Itaipava, Antartica e Brahma... juntando essas todas é melhor beber Germânia 55, sem dúvida. Mas se você tá em casa, pode escolher uma boa cerveja pra degustar com um amigo que vai te visitar, por favor, não sirva isto a ele.

Bohemia Escura - 6,0

Essa cerveja eu estou avaliando por um motivo apenas: nostalgia. A cerveja em si não é grande coisa, quer dizer, comparando com as cervejas comerciais de grande produção que temos no país, ela até se sai bem, mas comparando com cervejas artesanais... enfim, não tem comparação.

Bohemia Escrura

Mas explico o motivo: essa cerveja fez parte de uma fase da minha vida em que eu jogava Hattrick, um jogo de simulação de futebol on-line e em tempo real, e todo domingo à noite tinha o jogo do campeonato. Eu criei a rotina de beber a Bohemia Escura durante os jogos, isso numa época que eu não conhecia as cervejas artesanais, adorava Bohemia e nem imaginava que se podia produzir cerveja em casa.

Eu não jogo mais Hattrick (pelo menos não jogava, estou começando a voltar a jogar, rs) e não tenho mais o ritual da Bohemia Escura todo domingo à noite. Mas, como falei, por nostalgia resolvi experimentá-la novamente agora com um novo prisma. O que senti foi uma cerveja sem muito corpo e que não tem nenhum sabor específico de lúpulo... Resumindo: dou nota 6 apenas pela nostalgia, mas atualmente prefiro uma dunkel ou uma oatmeal stout artesanais quando quero beber uma cerveja escura. O mais correto seria compará-la com cervejas escuras do seu nível, como Xingu, Crystal, Malzibier, Petra e aí sim ela é uma boa cerveja.

Klein American Pale Ale - 10

PARA TUDO! PARA TUDO!

NOTA 10 pra esta cerva. Nunca antes na história desse blog eu dei 10 para alguma bebida e este post não é patrocinado.

Então merece um esclarecimento antes: as notas que eu dou não são comparativas, tipo eu dei 8 pra cerveja X, então ela é pior que a cerveja Y que eu dei 9. NÃO!!!! Não é assim que funciona, por dois motivos importantíssimos:

1) Não sou profissional nem especializado em degustação nem nada perto disso; apenas passo aqui minhas sensações ao provar algumas bebidas;

2) Gosto é uma coisa muito subjetiva e não tem como comparar (a não ser uma avaliação feita por um profissional, vide item 1).

Então a cerveja X de nota 8 pode muito bem agradar mais que a Y de nota 9, mas naquele momento que eu estava provando, a X mereceu 8 e a Y mereceu 9, simples assim. O importante é que de 8 pra cima a bebida já é MUITO BOA. De 7 até 8 é bastante razoável e de 7 pra baixo é bem fraquinha. Outra questão é que as minhas avaliações estão evoluindo com o tempo, pois já cheguei a dar nota 8 pra Original, hoje daria uns 6 ou 7 no máximo num dia bom (mas não vou revisitar estes posts antigos, pois como disse, naquele momento, ela mereceu 8, ficou o retrato daquele tempo que não pode mais ser retocado).

Klein American Pale Ale - Nota 10

Mas vamos botar de lado os entretantos e partir para os finalmente... A cerveja Klein, de fabricação brasileira, mais precisamente em Campo Largo no Paraná, conseguiu fazer a cerveja que eu sonho um dia fazer. Essa American Pale Ale é sensacional, tem um gosto de malte presente equilibrando perfeitamente com o amargor. Espuma consistente e de boa duração. Coloração muito bonita e um aroma levemente cítrico.

O dia que uma Cerveja do Lobo chegar perto dessa Klein, eu paro de inventar receitas e faço só dela.

Burgman Working Class 7,5

A Working Class é uma Oatmeal Stout, estilo inglês de cerveja escura que é feita com malte torrado e aveia, o que a deixa bem encorpada. Este estilo de cerveja foi criado para os operários que chegavam em casa depois de um dia árduo de trabalho e desejavam uma bebida revigorante.

Oatmeal Stout Working Class

Esta oatmeal é suave, encorpada e saborosa. A presença da aveia é bem marcante no corpo desta cerveja e a deixa muito agradável. Neste estilo se evidencia mais o corpo do que o lúpulo, que aqui é mero coadjuvante.

Destaque aqui para a cervejaria Burgman, de Sorocaba, que tem crescido e está lançando boas cervejas no mercado.

Nota 7,5

Therezópolis Ebenholz 7,8

Eu sou um grande apreciador de cerveja do estilo Dunkel. Este estilo, também conhecido como Munich Dunkel, é originário de Munique, na Alemanha e é uma larger escura que usa malte torrado na sua fabricação. Uma cerveja brasileira muito boa neste estilo é a Eisenbahn Dunkel.

Mas agora vamos falar da Therezópolis Ebenholz, uma dunkel muito boa.

Dunkel da Therezópolis

Pra começar ela é puro malte. Esta cerveja apresenta uma boa espuma, espessa e de boa duração. Tem aromas de malte torrado e café, como é característica do estilo. Com bom corpo, equilibra bem os sabores de maltes torrados com o lúpulo.

Para ser melhor, deveria ter um aroma de café um pouco mais pronunciado, como é o da Eisenbahn.

Nota 7,8

Sea Dog Wild Blueberry 7,0

Wild Blueberry ou Mirtilo

Garrafa da Sea Dog

Esta cerveja americana é uma cerveja de trigo com aroma de wild blueberry, que aqui no Brasil é o mirtilo. Pra quem não conhece mirtilo (eu incluso) segue uma foto da frutinha ao lado.


Logo ao abrir eu não ouvi o característico "tchiiiiii" da tampinha e ao colocar no copo fez pouca espuma e a pouca que fez não persistiu. Até achei que a minha garrafa tivesse vindo "premiada", mas bebendo vi que a cerveja estava legal, não estava choca não. Como eu só tinha uma garrafa pra provar, se alguém já provou comente por favor para nos tirar esta dúvida.



O aroma desta cerveja é realmente muito frutado, muito pronunciado. Até que não tem olfato bem desenvolvido percebe de primeira o aroma forte de frutas da família berry (morango, amora, framboesa, etc). Por outro lado, percebi quase nada de aroma de lúpulo.

No copo, pouca espuma

Essa Sea Dog tem um corpo médio e é bem refrescante. Não é o meu estilo de cerveja, eu gosto mais de cerveja Cerveja, esta está mais para uma cerveja Cooler por falta de outra definição melhor. Mas é uma boa cerveja. Ressalva apenas para a questão da carbonatação, que eu não sei dizer se minha garrafa foi premiada ou não.

Nota 7,0

Therezópolis Jade 7,5

Ontem provei esta cerveja que é uma India Pale Ale. É um estilo de cerveja inglesa, que teve origem durante a colonização da Índia. Por causa das longas viagens de navio da Inglaterra para a Índia, que duravam meses, se colocava uma dose extra de lúpulo para que a cerveja não estragasse. Por isso é um estilo mais amargo.

Essa IPA da Therezópolis é muito boa, com um amargor na medida certa (para se ter uma ideia, na escala IBU de amargor, o estilo permite de 40 a 60 e esta cerveja tem exatos 50) que no final deixa o gosto persistente do lúpulo na boca; tem um aroma bem acentuado, meio frutado; apresenta uma cor tendendo ao cobre e ao dourado; e uma espuma consistente.

Como defeito, poderia ter um corpo mais maltado.

Ela tem 6,5% de teor alcoólico, também bem dentro do padrão que permite de 5 a 7,5%.

No fim é uma cerveja bem refrescante. Nota 7,5.

Cerveja Jacobinus Classic - 7,0

Jaconinus é uma cervejaria fundada por monges na Idade Média, na Alemanha. Só por isso já deveria receber nossa atenção. Esta Classic é uma German Pilsner, puro malte que segue a famosa lei de pureza alemã. Apresenta uma cor dourado clara e é bem leve, com pouco amargor (a foto abaixo no copo ficou mais escura do que ela é realmente, culpa da iluminação).

 

Eu confesso que esperava mais dessa cerveja, achei leve tanto no amargor quanto no sabor, sem apresentar um gosto mais pronunciado do malte, coisa que aprecio muito numa cerveja. Por outro lado ela é bem refrescante, bem agradável a todos os paladares, boa para servir num encontro que você não sabe o gosto das pessoas mas quer impressionar com uma cerveja de classe (trocadilho proposital, rs).

Nota 7.

Lá e de volta outra vez

Depois de um longo interregno, estou de volta ao blog para continuar apresentando minhas avaliações sobre vinhos, charutos e agora principalmente cervejas.
Eu estou produzindo cerveja em casa então, além das cervejas comerciais, vou postar sobre as minhas cervejas também. Apesar de já ter uma página própria para isso, lá pretendo dar um enfoque mais no aprendizado do processo de fabricação de cerveja em casa e aqui vou avaliar as bebidas como já vinha fazendo.
Enfim, era isto, só dando um olá e avisando que voltei ;-)